Antes da colonização africana, africa possuia um stilo de vida, seus ideias e acima de tudo suas religioões, depois da colonização da África pelos países cristãos, desenvolveu-se uma mentalidade colonial que se foi proliferando de família a família e de Instituições a Instituições que deu na mentalidade “absurda” que temos vistos hoje em dia em função da atmosfera da sociedade ser sustentada com este fio condutor que emerge das grandes instituições que defendem a visão religiosa cristã para as sociedades colonizadas.
Esta
visão religiosa passou a ser o centro de todas as reflexões e a base para o
comportamento colectivo para todos os africanos subjugados pelo imperialismo
Europeu (cristão), ou seja, nas sociedades colonizadas pela presença colonial
portuguesa, francesa, Belga…etc.
Desenvolve-se
diariamente uma mentalidade cristã para toda a sociedade e combate-se toda uma
forma alternativa para o nascimento de uma identidade pro-africana baseada no
panafricanismo que de certa forma permitirá se desenvolver as religiões
tradicionais africanas e as religiões africanas que existem são combatidas e
muitas destas religiões o Estado colonial africano se encarrega em fecha-las,
porque todas as religiões para além de serem mitológicas, elas permitem a cada
povo que é fautor desta mesma religião ter uma consciência histórica de si.
Logo,
para nós os africanos as religiões africanas facilitará a formação da
personalidade africana com bases sólidas tendo em conta a nossa história, a
nossa cultura e os nossos heróis que devem ser divinizados. Infelizmente com a
proliferação das Igrejas que não são africanas facto este que os
pretos-africanos nunca se deram o trabalho de reflectirem quais são as razões
por detrás disso desde a colonização, paira na sociedade uma “coerciva forma
colectiva dogmática” de todos aderirem a mesma visão religiosa do colonizador,
e isto se verifica todos os dias nas Tvs e nos programas da Rádio. "A
única religião que tem missões exclusivas com a media é a religião
cristã". E a cada momento, sempre que um africano contraria a visão
religiosa cristã, nega o cristianismo no seu todo, é tido como ateu e é estereotipado
por negar o “deus-cristão” e toda esta estrutura
religiosa herdada da colonização permite que os próprios africanos crentes dos
dogmas e das retóricas do cristianismo atribuírem nomes aos outros Africanos
que não são cristãos, mas que primam a olhar o mundo na visão espiritual
africana.
As
sociedades africanas colonizadas são movidas com este fim da não-negação da
religião cristã, da não negação da Bíblia, a uma forte pressão para que as crianças
africanas não conheçam a cosmovisão africana, não conheçam a espiritualidade
dos povos africanos, não-conheçam a espiritualidade milenar dos povos que foram
escravizados para todos aderirem a fé-cristã como se ela fosse uma verdade
universal e como se a Bíblia fosse realmente um livro que mostra as evidências
da vida e como se os outros povos não conhecessem a realidade sobrenatural e
dominassem os mistérios da vida muito antes da existência da Bíblia. Os africanos são
levados a verem a Bíblia como se fosse um livro que explica o início da vida e
as origens da humanidade e que os outros povos não tivessem a sua visão antes
da escravidão e da colonização. Temos uma sociedade onde reina a
intolerância abduzida atmosfericamente pelos dogmas e os preceitos do
Cristianismo directa ou indirectmante porque os pilares doutrinários do
Cristianismo começam nas famílias e são protegidas pelos Estados Africanos que
protegem esta religião no continente africano quando Utopicamente se dizem ser
laicos. Os que negam a visão cristã do mundo são tidos
como analfabetos da sensibilidade humana, homens que não têm valor, homens que
não sabem os segredos da vida, homens perdidos, homens que irão
para o inferno, homens sem inteligência, e se fores um homem ou uma mulher que
conhece as mentiras e a organização teológica do Cristianismo (Bíblia) te
chamam de filósofo como se estudar ou pesquisar as mentiras que o cristianismo
adaptou implica necessariamente ser Filósofo de formação. O único continente
onde directa ou indirectamente ser cristão é sinónimo de ser inteligente, é sinónimo
de ser boa-pessoa, e se for um cristão assíduo significa que é um homem sábio
porque teme o “deus-cristão é a África. Aqui contrariar as religiões Abraamicas
e as suas mentiras é ter o certificado de quem é maluco, de quem está perdido
ou desesperado, é ser visto como alguém que vai desencaminhar os filhos do
deus-cristão que habita lá nos céus e que engravidou uma virgem, temos uma
sociedade que fruto da colonização tudo passou a entrar com maior facilidade
porque os africanos não têm consciência histórica e religiosa que parte das
tradições africanas que ensinam que devemos lutar pela nossa terra, nossas
riquezas e preservar a natureza porque é na natureza onde esta Nzambi-Mpungu,
aqui os africanos bebem tudo e mais alguma coisa dos dogmas cristãos porque não
têm a cosmovisão africana, seguem os dogmas cristãos que lhes ensinam que estão
apenas na terra mas não são desta terra (África, ou qualquer lugar que seja)
mas que irão nos céus onde irão habitar com o deus-cristão que lhes preparou o
lugar.
Se
olhares bem para o comportamento do Africano colonizado perceberás que ele é
movido pelos intulhos das doutrinas e das utopias que recebe da religião
partindo dos capítulos da Bíblia. “O Africano colonizado é acima de tudo
produto da Bíblia”. Antes da colonização o africano tinha uma vida, um ideal, e
acima de tudo suas religiões.
(….) África é palco de onde se desenvolvem todas as orgias e insanidades salubrizadas dos dogmas da religião cristã que são repassadas de geração a geração na qual o maior sonho de todo o colonizado é sempre abrir uma cantina (Igreja) que servirá posteriormente para combater as suas próprias culturas…
TEXTO: Simão Bengui Eduardo (2018)
EDIÇÃO
E ORGANIZAÇÃO: Trabalho Académicos Organizados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário