ÍNDICE
INTRODUÇÃO
Neste trabalho falarei da delinquência Juvenil em Angola, visto que a
delinquência é o acto fora dos estatutos impostos pela sociedade, muitas são as
causas que chegam a intervir diretamente num nível elevado da delinquência na sociedade
angolana.
Espero assim com este trabalho debruçar um pouco além das causas que leva
muitos jovens angolanos a optarem na delinquência. Desejo assim bonés estudos e bom
aproveitamento.
OBJECTIVOS
Objectivo Geral
- Aumentar o nível de conhecimento a todo estudante no
que toca a delinquência Juvenil em Angola.
Objectivo Especifico
Que no final deste trabalho, o estudante:
- Tenha um conceito geral de
que é a delinquência;
- Saiba como surgiu ou tem
surgido a delinquência juvenil em Angola;
- Conheça as causas da delinquência
no nosso país (Angola);
- E por fim, que o estudante
raciocine um pouco, a cerca de medidas que deverias se tomar para reduzir a delinquência
na sociedade angolana.
1. DILINQUÊNCIA JUVENIL EM ANGOLA
1.1.
Conceitos
A delinquência juvenil refere-se aos atos criminosos cometidos por menores de idade. Muitos países possuem procedimentos legais e punições diferentes (no geral mais atenuados) aos delinquentes juvenis, em relação a criminosos maiores de idade.
A delinquência
juvenil, só pelo fato de ter como base os jovens, também vê-se como causas, o
abandono dos familiares. Os jovens por não encontrarem o que no seio familiar
não têm, partem para a rua procurando coisas que no qual irão se apoderar. Em
alguns casos eles acabam por prejudicar a sociedade.
1.2.
Surgimento da Delinquência
Juvenil em Angola
Angola tal como qualquer outra sociedade humana , esta
sujeitar a se submeter a este fenômeno social que afecta todas as sociedades do
mundo inteiri , pelo simples facto de que enquanto houver famílias , haverá
sempre delinquência juvenil, só que com o passar dos tempos este ,mal tem tendência
negativa sobre as sociedades subdesenvolvidas como é o caso de angola .Porque
os jovens em angola , querem ter a mesma liberdade dos jovens europeus , e Americanos
que veem na televisão e revistas , sem estarem cientes de que o nosso pais não
oferece condições adequadas para lhes favorecer o clima de libertinagem que os
jovem europeus e Americanos de famílias ricas .
1 - Primeiro porque a maior parte das famílias angolanas vive em condições não
muito precárias , ou luxuosas , mas na medida do possível .É que os pais mal
têm para alimentar os seus filhos imagina ter que lhes fazer a vontade ,
atendendo aos seus vícios ( Como por exemplo atender ao pedido das grandes
festas que estes realizam , que sempre acabam em intrigas ferimentos e mortes ;
embriaguez e acidentes ) e desejos .
2 - Porque os jovens angolanos hoje não querem nada com o estudo , querem todos
ser americanos e Brasileiros ,só tchilar e cair na noite. Decepcionando seus
pais com estes estilos de vida que eles estão hoje a levar .
1.3.
Causas da delinquência
juvenil em angola
A delinquência juvenil em angola tem as causas que as
a maioria dos angolanos já conhece muito bem , a pobreza não é uma excepção .Sabemos
que o pais esteve mergulhado num conflito armado que atrasou por completo o
desenvolvimento técnico , social , econômico, e político. Sabemos também que a
guerra atrasou o que de bom seria angola hoje. Mas com os quatro anos de paz
fomos empurrados de forma ventilosa para esta correria da globalização , tardou
mas conseguimos , estar par e passo com outros países como Namíbia e África do
Sul num pe de igualdade em termos de desenvolvimento social e económico ( sem
esquecer o cultural .O que os jovens aprendem de ruim nas televisões
internacionais , e revistas não têm visto na TPA ,mas sim nas televisões
internacionais , como as parabólicas .Neste contexto o governo nada pode fazer
se não saber consciencializar os jovens , e capacitá-los nas escolas e instituições
afins
A delinquências juvenil em
angola tem causas como :
A-) pobreza : A
pobreza aflige 85% das famílias em angola .Parece mentira mas muitas famílias
em angola se têm distorcido por causa da pobreza , o cabeçalho da família não
se contem com apenas uma mulher querendo sempre ter mais uma e com ele a sombra
de filhos se arrastando por esta angola a fora .deixando algumas mulheres com o
carma de criar os filhos sozinhas , o que com o passar dos tempos , os filhos
começam por odiar seu pais e mais tarde a sociedade em geral , provocando
conflitos miúdos na s escolas e mais tarde , quando crescido o delinquente
perfeito que a polícia precisava para ganhar o dia e preencher mais uma cela
com um bastardo.
B - ) Educação : Numa
sociedade marcada por uma crescente crise de valores , como é o caso da nossa
sociedade angolana , tendo em conta as perspectivas acima abordada gostaríamos
de refletir sobre o papel da educação num projeto de construção de uma nova
sociedade. A educação senhores é a pedra basilar de desenvolvimento de qualquer
nação, através do qual o presente é edificado e o futuro é garantido, é acima
de tudo , através dela, numa sociedade democrática emergente que vivemos , que
criamos as condições para formação de um povo consciente de seus deveres,
direitos e obrigações, pois somente projetando bons educando e educadores
visualizaremos perspectivas e horizontes positivos e benéficos num amanhã
vindouro, até porque não é por acaso que se costuma dizer "" o futuro
de uma mora numa boa educação"". Hodiernamente, e neste mundo
globalizado a formação de quadros capacitados é o grande sustentáculo para o
progresso e para maior compreensão dos fenómenos socio-econômicos ,
psicotécnicos e principalmente para nos angolanos entender melhor os fenómenos
naturais e sobretudo culturais que abundam em nosso pais( etnias, tradições,
línguas, hábitos, usos e costumes ).fonte:www.chinhorochaescreve.blogspot.com
c - A falta de Apoio
Adequada : A falta de assistência adequada por parte dos pais , amigos
do estado e da sociedade em geral , distraidamente os pais vivem a sua vida sem
saber o que seus filhos tem aprontado durante a noite .Os professores , só
querem saber em despejar matéria para os alunos nas escolas , não se preocupam
com seu discentes , o importantes para eles é chegar cedo dar sua aula e
esperar no fim do mesmo seu salário. Os professores devem icentivar as
actividades estra-escolares , como o desporto ,pratica de actividades que
ocupem os alunos mais tempo nas escolas do que na rua , façam feiras , realizem
algo que prenda o aluno a uma aprendizagem como é o caso dos jovens japoneses e
chineses , incentivam actidades culturais como teatro ,aulas grátis de música,
escola gratuita de teatro e formação de actores como sabem nem todos têm
dinheiro para pagar tais cursos , antes gastar o dinheiro num telefone roubado
ou numas peças de roupas ou até mesmo numas cervejas .Por isso o estado deve
ter mas atenção assim como o corpo docente das escolas públicas e privadas ,
facilitar de forma gratuita estas actividades gratuitas aos jovens dos 12-18
anos e dos 20 - 38 anos de idade .
D - ) A polícia: A
polícia não deve querer somente prender , maltratar ,e fazer os jovens .A polícia
deve ser a primeira entidade educadora e antecipadora formadora ,e mentora dos jovens
, propondo um educação policial, dando nas escolas palestras sobre como os
jovens devem ou podem ver livres do mundo do crime já que na escola nem sempre
aprendemos tudo o que precisamos para sermos ser completamente acabados
,prontos para viver .A polícia deve e pode tentar criar programas educativos
nas escolas , de forma a formar o jovens e alerta-los dos perigos que a vida
social apresenta , assim como as consequência que advém dos males que estes
cometem e deve ser uma actividade vitalícia , realizadas por pessoas e jovens
competentes que passaram por experiências de gêneros , e saber cativar os
mesmos , se for possível projeção de filmes e outros atrativos educativos de
formas a mantê-los cientes de que a vida não é só liberdade , bebedeiras , roubos
, violência , soberba, a vida é também , justiça respeito e tolerância , paciência
acima de tudo.
1.4.
A Polícia
precisa traçar novas técnicas de combate ao crime
``Armindo
Pereira`` - jornal de Angola
A nossa primeira entrevistada
foi a estudante Jóia Mateus, que considerou "triste" o cenário que se
vive em Luanda em relação ao assunto em abordagem. Ela conta que já foi vítima
de assalto, várias vezes, e, por não se sentir segura, adoptou um novo método
de auto protecção: anda com o telemóvel à cintura. "Sei que isso pode
causar alguns problemas de saúde, por causa da vibração do aparelho. Mas não há
um outro jeito", lamentou. Mário Teixeira, aposentado, disse que, em
tempos idos, a situação "era muito mais calma. Este clima de insegurança é
o mais crítico de todos os tempos", considerou. O "kota" Mário
Teixeira apontou o crescimento populacional como um dos factores que aumenta a
delinquência e, consequentemente, a insegurança pública.
"Por este facto é que eu
ando muito prevenido. Escuso-me a andar com valores monetários ou telemóveis,
porque a situação é crítica. A Polícia Nacional precisa traçar novas técnicas
de combate ao crime", acrescentou Helena Pedro, estudante, disse
reconhecer o esforço que a Polícia Nacional tem feito para garantir a segurança
pública, mas ainda assim "não é o suficiente para que as pessoas possam
sentir-se mais à vontade". Quando está na rua tem desconfiança de qualquer
pessoa com aparência estranha, porque ainda não existe uma segurança firme no
país, considera ela. "Na rua, nunca estamos seguros. Corremos sempre o
risco de sofrer um assalto em qualquer esquina. A Polícia tem feito a sua
parte. Aumentou o número de patrulheiros em áreas onde ocorrem assaltos com
maior frequência. Mas infelizmente não garante ainda a segurança para quem
circula por Luanda e arredores". A afirmação é da funcionária pública
Maria de Fátima.
Carlos Augusto, funcionário de uma empresa
privada de segurança, afirmou que ainda não se pode dizer que "a situação
da segurança pública é estável". Considerou, por outro lado, que muito
ainda tem que ser feito. Apontou, também, a necessidade de a população
contribuir, denunciando todo o acto que perturbe a tranquilidade e a ordem
pública. João Cocas, também funcionário público, tem uma opinião diferente dos
demais. "Podemos dizer que temos uma segurança pública relativa. Há
momentos que o índice de criminalidade baixa consideravelmente e isto é sinal
de que alguma coisa está a ser feita, embora alguns grupos de marginais na
periferia resistam às medidas tomadas pela Polícia" Ele disse acreditar
que, se houver um esforço em manter as ruas mais iluminadas, sobretudo nos
bairros suburbanos, vamos ter uma segurança pública certamente mais eficaz para
o bem-estar de todo o cidadão.
Enoc Muhongo, técnico de laboratório, afirmou
que a "segurança pública, se existe, ainda não se faz sentir, uma vez que
as pessoas não circulam à vontade e os assaltos ainda têm sido uma constante,
principalmente no período nocturno". Enoc Muhongo apontou também a fraca
iluminação como um dos factores que motiva os delinquentes para o crime.
"Se alguma coisa for feita neste sentido, certamente que os resultados
serão satisfatórios". Pedro Silva, funcionário público, comentou que é
complicado falar-se de segurança pública, principalmente em Luanda. Apontou
também o elevado número de habitantes como um dos factores do crescimento da
criminalidade. "Com a falta de empregos, a tendência dos jovens é recorrer
às drogas e ao crime. Acredito que, com campanhas de sensibilização, palestras,
mostrando que o crime não compensa, podemos inverter o quadro actual".
Mauro Pedro, designer, opinou que não existe ainda segurança pública no
verdadeiro sentido da palavra.
Quando estão na rua, as
pessoas não se sentem seguras, algumas até são assaltadas em plano luz do dia e
ninguém faz nada. As pessoas que presenciam assaltos não reagem sequer por
temerem represálias. Que a Polícia Nacional tem feito o seu trabalho, disso não
tenho dúvidas, mas ainda assim é pouco, porque, mesmo no centro da cidade, os
meliantes agem com toda naturalidade. São palavras de Mauro Pedro. Por último,
conversámos com o estudante Campos Pedro, de quem ouvimos o seguinte: "A
segurança pública que temos ainda não é a mais desejada, infelizmente para a
tristeza de todos nós. O jovem Campos Pedro argumentou que quase que já não há
diferença entre o gueto e a cidade, já que os meliantes sentem que podem agir
da mesma forma tanto num lugar como noutro. "A cada dia que passa surgem
novos grupos de bandidos porque eles sabem como agir sem que a Polícia se
aperceba. Às vezes até, os bandidos afrontam agentes da autoridade, o que piora
ainda mais a situação".
1.5.
Alguns
esforços têm sido tentados para lutar contra este fenómeno
A delinquência juvenil tem
sido uma das temáticas mais tratadas nos "media" nos últimos anos,
por vezes em trabalhos extremamente bem realizados. Alguns esforços têm sido
tentados para lutar contra este fenómeno que, como sabemos, tem vindo a assumir
proporções assustadoras nalgumas áreas geográficas. No entanto, mesmo quando
determinada medida chega a ser implementada, na realidade, revela-se habitualmente
ineficaz face ao pretendido e os resultados alcançados raramente são divulgados
de forma clara. A delinquência juvenil não tem sido alvo de uma verdadeira
política de intervenção, rigorosa na definição de objectivos a alcançar e nas
propostas para o conseguir. Daí que, circularmente e ainda hoje, seja notícia.
Como tem sido inúmeras vezes
demonstrado, as causas da delinquência juvenil são diversas e devem ser
analisadas a vários níveis. Muito há a fazer para sinalizar casos de crianças
com comportamento anti-social e para prevenir o agravamento do que pode vir a
tornar-se num verdadeiro distúrbio de conduta ou, mais tarde, numa
personalidade anti-social. Como é sabido, a delinquência é o resultado de uma
escalada de aprendizagem de comportamentos anti-sociais, com um início muito
precoce (por volta dos três anos de idade). Mas, para isso, seria necessário
dotar as escolas de uma rede técnica de apoio competente e especializada. O
caso específico da delinquência é por de mais complexo para que possa ser eficazmente
combatido por não especialistas, e os professores dos diversos ciclos do ensino
básico bem o sabem. Por um lado, sentem-se na obrigação de sinalizar e ajudar
os alunos com problemas de comportamento; por outro lado, sentem-se
frequentemente impotentes para o fazer e não dispõem de técnicos especializados
que possam apoiar a instituição, os alunos em causa e as respectivas famílias.
Na nossa realidade, regra geral parece ocorrer o oposto, ou seja, muitas
crianças com um comportamento agressivo evidente vão progredindo no sistema
escolar, agravando os seus problemas de comportamento sem que nenhuma
intervenção especializada ocorra. Nalguns casos, quando a instituição escola já
não sabe como lidar com eles, surge a solução miraculosa da expulsão e transferência
para outra instituição que, não resolvendo o problema do aluno, resolve
certamente o da escola. Não se entenda isto como uma crítica às escolas mas à
falta de meios e de recursos de que dispõem.
Ainda ao nível da prevenção, é
importante referir que existe experiência acumulada de programas de promoção do
comportamento pró-social que têm sido utilizados com sucesso considerável em
diversos países. O Canadá é, nesta área, um exemplo a seguir na abordagem séria
que faz da prevenção e reabilitação de jovens delinquentes. No caso português,
em nosso entender, é urgente o aumento do número de especialistas nesta área -
psicólogos, professores e técnicos de serviço social - que possam lidar
eficazmente com o fenómeno da delinquência a vários níveis.
A nossa experiência tem
mostrado que a formação dos professores para o despiste e compreensão do
comportamento anti-social, bem como para a promoção do comportamento
pró-social, é um tema de interesse para esta classe. Mas a prevenção é apenas
um dos momentos da escalada da delinquência. E a reabilitação daqueles que, de
forma redundante, incorrem em comportamentos anti-sociais? Do ponto de vista da
saúde mental, o que designamos como delinquência é considerado um distúrbio
mental, mais especificamente um distúrbio de comportamento ou, em casos mais
graves, um distúrbio de personalidade anti-social. Diversos esforços têm sido
feitos para desenvolver e testar programas de reabilitação de delinquentes. Os
desafios mais promissores são os programas de intervenção baseados nos modelos
de processamento de informação social. A investigação tem demonstrado
claramente que os factores cognitivo-sociais desempenham um papel importante na
génese e manutenção do comportamento anti-social. Assim, o que deve ser foco de
intervenção na reabilitação dos jovens delinquentes são os seus sistemas de
crenças acerca de si próprios e dos outros, bem como as regras que delas
derivam e que orientam o seu comportamento social. Idealmente, a reabilitação
passa pela experiência de relações interpessoais significativas que permitam
desenvolver novos modos de percepcionar o comportamento do outro em relação a
si, procurando desconfirmar as suposições e regras acerca do comportamento
social aprendidas no seu meio de origem. É preciso não esquecer que o
comportamento agressivo ocorre em função de uma escalada de processos e não
unicamente em função de uma única variável.
Na sua génese está
habitualmente um meio familiar e social extremamente deteriorado - este é um
dos níveis de intervenção - que não cuida, não orienta a criança nem educa para
os limites. Como se não bastassem estas lacunas, a criança aprende uma série de
regras de comportamento em sociedade às quais, embora anti-sociais, deve
obedecer para garantir a sua sobrevivência. Os delinquentes estão desadaptados
em relação às regras que regem o comportamento social da maioria das pessoas
mas francamente adaptados às realidades sociais do seu meio de origem e
desempenham correctamente o comportamento necessário para sobreviver e serem
aceites nesse meio. Por isso, de pouco serve retirar um jovem do seu meio de
origem alguns anos se, mais tarde, ele tem que voltar a esse mesmo meio e
tornar a comportar-se de acordo com as regras instaladas. Entre estas e a
estrutura básica da sua personalidade gera-se uma série de interacções que
reforçam sistematicamente uma maneira distorcida de ver os outros e o mundo,
subjacente ao comportamento anti-social que exibem.
Actualmente, as ciências
sociais em geral e a psicologia em particular fornecem bons instrumentos de
análise e compreensão da delinquência. No entanto, quão longe estão das
abordagens científicas muitas das instituições que, no nosso país, se denominam
de acolhimento e reabilitação de jovens marginalizados, muitos deles
delinquentes. Quão distantes as instâncias políticas de uma estratégia séria
cujo objectivo seja verdadeiramente o combate à delinquência e não aos
delinquentes.
O combate a estes problemas
devia começar na escola, na idade em que ainda se consegue educar uma criança
de modo a esta poder distinguir o bem do mal, o certo do errado. Parece simples
e demasiado fácil, mas temos que começar por algum lado. Se conseguirmos que
uma criança, habituada no seu dia-a-dia a assistir a situações ilícitas e
moralmente condenáveis, adquira essa percepção básica do que é viver em sociedade,
é o princípio para se poder reduzir drasticamente a delinquência juvenil. A
escola pode, e deve, desempenhar um papel importante, não só na formação
cultural dos alunos, como também na formação do seu próprio comportamento moral
e social.Quando se chega ao ponto de ouvir de uma pequenita com apenas 10 anos,
moradora num bairro degradado, que “Eu cá quero ser traficante, porque dá muito
dinheiro”, ou então de um rapaz de 14 anos que, todo orgulhoso, afirma que “até
a bófia tem medo de nós. Aqui só entra de caçadeira.”, é sinal de que algo vai
mal neste país.
No entanto, não devemos
remeter estes jovens para um estatuto de incapazes, vendo-os como uns
coitadinhos. Temos é de compreender o meio que os envolve e o modo como vivem.
A maioria deles reside em locais fechados, onde não há mistura social e onde se
concentram referências negativas. Jovens que têm, na sua grande maioria,
insucesso escolar garantido, que faltam às aulas sistematicamente, mantendo-se
matriculados até aos 16 anos (porque é obrigatório) para saírem, depois, sem
qualquer preparação para enfrentar a vida real. “Já sei ler e escrever, e isso
já é suficiente para viver”, dizem muitos deles quando se lhes pergunta porque
razão não querem continuar na escola, ou porque faltam tanto às aulas.
Esta é uma realidade
preocupante que em vez de estar a ser combatida e prevenida, está, pelo
contrário, a ser desvalorizada pelos responsáveis institucionais, apenas por
não quererem admitir o que já se tornou óbvio. A delinquência juvenil em
Portugal tem de ser combatida, não apenas através de meios de repressão, mas
também, e acima de tudo, por medidas preventivas eficazes no combate à pobreza,
à exclusão social e ao analfabetismo.Não é reduzindo cada vez mais a idade em
que um jovem pode ser responsável criminalmente pelos seus actos que se vai
solucionar este problema. Veja-se o exemplo dos Estados Unidos da América em
que, apesar de crianças com 14 anos serem julgadas como adultos, todas as
semanas assistimos a casos de assassínios perpetrados por jovens adolescentes,
muitas vezes nas escolas onde estudam.É indiscutível que precisamos de leis
mais eficazes e de tribunais mais duros, no entanto a repressão não é o caminho
ideal. Se assim fosse era sinal que já não havia esperança para Portugal. Estaríamos
numa sociedade onde a prevenção já não obtinha qualquer efeito, apenas a
repressão contava. Mas, como ainda nos falta muito para chegar a esse ponto de
não retorno, lá diz o povo “mais vale prevenir que remediar”.Pedro Silva
(Presidente da Secção de Defesa dos Direitos Humanos da AAC).
CONCLUSÕES
Enfim, cheguei à
conclusão que, para termos uma boa sociedade, as famílias devem educar com
precisão os seus filhos, com cuidados prévios desde mas novos.
E concluí ainda
que para minimizar o tal fenómeno de delinquência juvenil, o governo e seus
parceiros concretamente as empresas privadas que circundam esta bela pátria,
devem abrir oportunidade de empregos para que necessariamente sejam empregues e
estender os níveis de escolaridade a todos recantos do país bem como promover a
formação profissional à juventude, de forma que sejam integrados na sociedade.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
I.
EDINA M. CARMO, convecção da ONU sobre os Direitos da
criança. 2ª Edição: Luanda, (2008).
II.
Curso de Orientação Familiar. Psicologia Infantil e
Juvenil. OCEANO Tomo 6.
III.
Dr. ROURAT, Julián. Psicologia da Pubertad. Editorial
Luis Miracles, S.A. Barcelona.
Um comentário:
Muito obrigado pelo conteúdo, parabéns pelo blog
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