ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSA


ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO
2. OBJECTIVOS
2.1. Objectivo Geral
2.2. Objectivo Específicos
3. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSA
3.1. Conceitos
3.2. Finalidade
3.3. Locais mais indicados para punção endovenosa
3.4. Vantagens e Desvantagens
3.4.1. Vantagens
3.4.2. Desvantagens
3.5. Material necessário para punção venosa
3.6. Observações
3.7. Procedimento da punção periférica
3.8. Complicações da Via endovenosa 09
3.9. Técnicas de Administração
3.10. Avaliação de Enfermagem
3.11. Fundamentos de Enfermagem
3.12. Cuidados de Enfermagens na Administração de medicamentos por via Endovenosa
3.13. Recomendação
4. CONCLUSÃO
5. ANEXOS
6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO


1. INTRODUÇÃO

Falaremos neste trabalho da administração de Medicamentos por via endovenosa, antes de mais saibamos que a administração de medicamentos por via endovenosa (EV) permite a aplicação de medicações directamente na corrente sanguínea através de uma veia. A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua.
Neste trabalho esperamos mostrar um conceito geral de que é a via endovenosa.


2. OBJECTIVOS
2.1. Objectivo Geral
- Conhecer de uma forma clara a via endovenosa.

2.2. Objectivo Específicos
Que no final deste trabalho o aluno ou o leitor saiba:
- Locais mais indicados para punção endovenosa;
- As vantagens e desvantagens da via endovenosa;
- Os materiais necessários para administrar medicamentos por esta via;
- Quais as técnicas de Administração de medicamentos por via endovenosa e os cuidados a tomar.


3. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSA

3.1. Conceitos 
A administração de medicamento por via endovenosa (EV) permite a aplicação de medicações directamente na corrente sanguínea através de uma veia, obtendo assim resposta do paciente imediata do medicamento. A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão continua.
Os medicamentos injectados na veia devem ser soluções solúveis no sangue. Podem ser líquidos hiper, iso ou hipotónicos, sais orgânicos, electrólitos, medicamentos não oleosos e não deve conter cristais visíveis em suspensão.

3.2. Finalidades
Tem como finalidade, administrar solução de medicação directamente na corrente sanguínea.

3.3. Locais mais indicados para punção endovenosa
Região cefálica – utilizada com frequência na Pediatria, quando não há possibilidade de realizar a punção em região periférica. (veia temporal superficial, veia jugular externa e interna).
Região dos membros superiores – área em que encontramos vários locais disponíveis para realizar a punção, como: veia cefálica, veia basílica, veia mediana do cotovelo, veias da fossa antecubital. A fossa cubital é veias periféricas de maior calibre e melhor visualização, bem utilizada em coleta de exames ou punções de emergências.
Região do dorso da mão – área em que encontramos veias superficiais de fácil acesso, porém atenção à punção de longa duração nesse local, pois pode limitar os movimentos: veia basílica, veia cefálica, veias metacarpianas dorsais.
As indicações são:
- Necessidade de acção imediata do medicamento;
- Necessidade de injectar grandes volumes (hidratação);
- Introdução de substâncias irritantes de tecidos.
As veias da região cefálica costumam ser utilizadas em recém-natos e lactentes. As veias jugulares na região cervical são muitas vezes utilizadas em pacientes com dificuldade de acesso venoso, principalmente nas grandes emergências. Nas Unidades de Terapia Intensiva, para acesso venoso central a veia subclávia, para injecção de medicamentos, para infusão de alimentação parenteral, para acesso venoso central e para monitorização (pressão venosa central, cateter de Swan-Ganz).
Nos membros superiores utilizam-se as veias cefálica e basílica para manutenção de via venosa contínua. A veia intermediária do cotovelo é muito utilizada para coletas de sangue, para injecções únicas de medicamentos. Também podem ser utilizadas veias do dorso da mão (veias metacarpianas dorsais), tanto para injecções únicas. Embora possam ser utilizadas para manutenção de via venosa contínua, deve-se evitar.
Nos membros inferiores podem ser utilizadas as veia safena magna e tibial anterior. No dorso do pé, pode-se utilizar as veias da rede dorsal. Devem ser evitadas devido risco de flebites e embolia. São contra-indicadas em pacientes com lesões neurológicas

3.4. Vantagens e Desvantagens

3.4.1. Vantagens
- Absorção rápida;
- Rapidez e eficiência na absorção;
- Administração de grandes volumes;
- Administração de drogas que são contra-indicada nas demais vias;
- Ministrar fluídos no pré, trans e pós-operatório;
- Transfusões sanguíneas;
- Uso em emergências, quando o medicamento deve ser aplicado com rapidez, para efeito imediato;
- Reposição hidroeletrolítica;
- Amostra de sangue para exame laboratorial;
- Esta via permite soluções hipertônicas, hipotônicas e isotônicas;
- Ela não tolera drogas em suspensão, oleosas ou ar;
- Injecção directa através de um acesso venoso;
- Infusão intermitente por meio de um acesso secundário;
- Indicada quando um medicamento deve ser aplicado como injeção em bollus, para que tenha efeito terapêutico;
- Possibilita a manutenção do acesso venoso, em caso de reações adversas;
- Usada com frequência para terapêutica medicamentosa aplicadas em curtos períodos, a intervalos variáveis;

3.4.2. Desvantagens
- Se alguma droga for injectada por engano exerce efeito de imediato. Da mesma forma se o paciente for alérgico à substância, a repercussão será imediata e muitas vezes fulminante.
- Risco potencial de infecção, pois cada aplicação rompe as defesas da pele íntegra.
- Medicamentos administrados com muita rapidez, quando a velocidade do fluxo não for monitorada com o cuidado suficiente ou quando medicamentos incompatíveis forem misturados...

3.5. Material necessário para punção venosa
Bandeja contendo:
Luva de procedimento
Álcool Swab
Medicação à ser administrada
Seringa
Garrote
Bandeja
Agulha
Bolas de algodão e álcool a 70%
Adesivo para fixação do cateter
Bureta com soro correspondente a diluição da medicação (se necessário).

3.6. Observações
- A utilização de luvas é obrigatória ao realizar punção venosa devido ao risco de extravasamento de sangue.
- A medicação deve ser cristalina, não oleosa e não conter flocos em suspensão.
- Retirar o ar da seringa.
- Aplicar lentamente observando as reacções do paciente.
- Verificar se a agulha permanece no interior da veia durante todo o procedimento, puxando o êmbolo (retorna sangue);
- Retirar a agulha na presença de hematoma e dor. A nova punção deverá ser em outro local, de preferência em outro membro.
- Se o paciente possui veias calibrosas distendidas e facilmente visíveis, executar a punção sem colocar o garrote, para minimizar os riscos de formação de hematomas.
- Em caso de hemofobia, pedir ao paciente que desvie o olhar da seringa.

3.7. Procedimento da punção periférica
-  Higienizar as mãos antes e após o procedimento;
-  Reunir o material para punção;
-  Explicar ao paciente o que será realizado;
-  Deixar o paciente em posição confortável com a área de punção apoiada;
-  Escolher o local da punção;
-  Calçar luva de procedimento;
-  Garrotear o local para melhor visualização da veia;
-  Realizar anti-sepsia do local;
-  Realizar a punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para cima, introduzir a agulha no ângulo de 45º;
-  Após a punção, realizar fixação adequada com adesivo disponível;
- Identificar o adesivo com data, nome do profissional que realizou a punção e hora, para controle de uma nova punção ou troca da fixação do cateter;
-  Reunir o material e organizar o ambiente;
-  Realizar higiene das mãos e anotação de enfermagem do procedimento, descrevendo local e intercorrências.

3.8. Complicações da Via endovenosa 
Na administração de medicamentos por via intra Venosa podemos nos depara com algumas complicações como:
- Infecções
- Flebites;
- Tromboflebites;
- Acidentes embólicos
- Extravasamento
- Necrose
- Sobrecarga circulatória
- Reacções alérgicas

3.9. Técnicas de Administração
De uma maneira geral, utilizam-se agulhas do tamanho 25 X 6/7 de calibre, com bisel longo, para facilitar a abordagem. Esta punção, além de poder ser feita com seringa e agulha (colecta de sangue), também pode ser feita com os seguintes dispositivos:
- Escalpes: agulhas curtas de aço, com asas tipo borboleta, feitas de material plástico, cuja finalidade é facilitar o manuseio, indicadas para infusões de curta duração. cateter intravenoso periférico de curta duração.
- Jelco ou Abocath: Cateteres plásticos curtos que são indicados para punções periféricas. Podem permanecer na veia por até 72 horas. cateter intravenoso periférico de média duração.

Técnicas:
01. Preparar o material necessário;
02. Rever a prescrição médica e lavar as mãos;
03. Preparar a medicação e aplicação da droga, observando os princípios de assepsia;
04. Calçar a luva de procedimento;
05. Garrotear acima do local escolhido, solicitando que o paciente feche a mão e mantenha o braço em hiperextensão e imóvel;
06. Pedir ao paciente para abrir e fechar a mão diversas vezes, com o braço voltado para baixo, que auxiliará na dilatação das veias;
07. Realizar antissepsia do local, com algodão e álcool a 70%, no sentido do retorno venoso, trocando o algodão quantas vezes for necessário;
08. Esticar a pele com o polegar da mão não dominante, logo abaixo do local da punção, para manter a veia estável;
AGULHA: Introduzir a agulha com a outra mão (bisel para cima), em um ângulo de 25 a 45º. Após o sangue fluir adequadamente na seringa, pedir ao paciente que abra a mão.
SCALP: Introduzir a agulha com o bisel para cima, em um ângulo de 25 a 45º, observando o sangue fluir pela extensão. Obs.: a extensão deve estar preenchida com solução fisiológica 0,9%.
ABOCATH: Introduzir o cateter com bisel para cima, em um ângulo de 25 a 45º. Após o sangue fluir no reservatório, introduzir o cateter retirando simultaneamente a agulha, comprimir a ponta do cateter já no interior da veia pelo lado externo, para retirar totalmente a agulha;
09. Retirar o garrote;
10. Retirar o garrote e injectar lentamente a medicação ou conectar o equipo;
11. Retirar a agulha (no caso de punção com agulha) e comprimir o local da punção com algodão por cerca de 2 a 3 minutos, mantendo o braço estendido e elevado;
12. Fixar cateteres, com esparadrapo ou fita hipoalergênica, identificando-se o dia, a hora e o responsável pela punção;

3.10. Avaliação de Enfermagem
- Avaliar se há infiltração tecidual;
- Avaliar se houve contaminação;
- Avaliar os efeitos colaterais e reacções pirogênicas.

3.11. Fundamentos de enfermagem da Via Endovenosa
A via endovenosa é utilizada quando se deseja uma acção rápida do medicamento ou quando outras vias, não são propícias.
Sua administração deve ser feita com muito cuidado, considerando-se que a medicação entra directamente na corrente sanguínea, podendo ocasionar sérias complicações ao paciente caso as recomendações preconizadas não sejam observadas.

3.12. Cuidados de Enfermagem na administração de medicamentos por via Endovenosa
Antes de administrar qualquer medicação nos pacientes lembrar-se de verificar os cinco certos para que não haja erro de medicação e se atentar a mais algumas observações: 5(cinco) certos:
1. Medicamento certo
2. Paciente Certo
3. Dose Certa
4. Hora Certa
5. Via Certa
Em particular na via endovenosa é sempre bom que tenhamos estes cuidados connosco:
Posicionar o braço do paciente sobre o suporte ou sobre a cama e escolher o melhor vaso para acesso.
Realizar a punção pela parte distal, evitando articulações e seguindo os princípios da técnica.



3.13. RECOMENDAÇÕES

Recomenda-se que as soluções administradas por essa via devem ser cristalinas, não oleosas e sem flocos em suspensão.
É recomendado que para a administração de pequenas quantidades de medicamentos é satisfatória as veias periféricas da prega (dobra) do cotovelo, do antebraço e do dorso das mãos.
A medicação endovenosa pode ser também aplicada através de cateteres intravenosos de curta/longa permanência e flebotomia. O medicamento pode ainda ser aplicado nas veias superficiais de grande calibre: região cubital, dorso da mão e antebraço.


4. CONCLUSÃO

Concluímos que a Via Endovenosa Também chamada de via intravenosa, consiste na administração directamente na corrente sanguínea, através da veia. Pode incluir uma única dose, ou administração por infusão contínua, no soro fisiológico ou glicosado. Medicamentos com características incompatíveis a administração pela via oral, como os passíveis de degradação pelo suco gástrico, ou de difícil absorção também devem ser utilizados por esta via.
Assim como outras via, a endovenosa no que diz respeito as desvantagens, incluem a dor e possibilidade de infecções. Quanto as vantagens são inúmeras, que nem vale apenas repetir.


5. ANEXOS



Demonstração típica de terapia intravenosa


6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

I. COLLET, Neusa; Oliveira, Beatriz Rosana Gonçalves; Viera, Cláudia Silveira; "Manual De Enfermagem Em Pediatria"; 2ª edição; AB editora; Goiânia; 2010; 225- 228.
II. FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; "Ensinando A Cuidar Em Saúde Pública"; Editora yendis; 4ª reimpressão; 2007; 305 – 316.
III. FERNANDES, Almeida M.O; Pinheiro, Ana Karla M.O; "Manual Do Estagiário Em Enfermagem"; AB editora; São Paulo – SP; Abril 2007; 59- 86.
IV. POSSO, Maria Belén Salazar; "SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DE ENFERMAGEM", Editora Atheneu; São Paulo – SP; 2006; 82- 83.
V. Manual de Capacitação de Pessoal em Sala de Vacinação; 2 ª edição revisada e ampliada;  Brasília; 2001; 70- 122.
VI. Manual de Normas Técnicas e Rotinas de Enfermagem para Centros de Saúde; Florianópiolis; 3 ª edição; 2003;1-103;
VII. Ministério da Saúde – www.saude.org.br
VIII. MINISTÉRIO da Saúde- Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica; 2ª edição; Brasília; 2008; 166-167.
IX. www.pensamentosdeluciano.blogspot.com


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