ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ORAL


ÍNDICE

1.    INTRODUÇÃO03
2.    OBJECTIVOS04
2.1.    Objectivo Geral
2.2.    Objectivos Específicos

3.    ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ORAL05
3.1.    Conceitos gerais05
3.2.    Finalidade06
3.3.    Vantagens e desvantagens06
3.3.1.   Vantagens
3.3.2.   Desvantagens
3.4.    Limitações da Via Oral07
3.5.    Técnica07
3.6.    Material necessário08
3.7.    Caminhos dos fármacos08
3.8.    Avaliação de enfermagem09
3.9.    Técnica para administração de comprimidos09
3.10. Fundamentos de Enfermagem10
4.    CONCLUSÃO11
5.    RECOMENDAÇÃO12
6.    REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO13
  


INTRODUÇÃO

Administração de Medicamentos e um processo de dedicação é atenção por parte dos  enfermeiros pois se alguma técnica for mal realizada pode ocasionar ate a morte do paciente, por isso esse trabalho iremos de uma forma mas bem resumida estudar uma das vias de administração de Medicamentos, via esta que é a Via Oral. E para lembrar que a administração por via oral, ou seja, pela boca, é uma das formas mais antigas e comuns de utilização de medicamentos, sobretudo devido à sua comodidade.
Sendo assim, queremos tanto que ao terminar o estudo deste trabalho, o estudante tenha ao menos a noção geral de que é essa via e como administrar os medicamentos por esta via.



OBJECTIVOS
Objectivo Geral
Elevar o nível de conhecimento aos estudantes de Enfermagem, no concerne a administração de Medicamentos por Via Oral.

Objectivos Específicos
Especificamente temos 4 objectivos neste trabalho:
     1º. Conhecer de Concreto o que a administração de medicamentos por via Oral.
     2º. Saber os materiais necessários para administrar os medicamentos por meio desta Via;
     3º. Estudar as vantagens e desvantagens desta Via;
     4º. Os cuidados a ter, na administração de Medicamentos por esta via;
     5º. Possíveis complicações de administrar medicamentos por Via Oral;
     6º. Por fim, um dos objectivos é concretizar todos os objectivos acima mencionado.


  
  
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ORAL


3.1.      Conceitos gerais
Caracterizada pela ingestão pela boca. Esta via é considerada a mais conveniente para administrar-se um medicamento, devido ao fato de que a deglutição é um ato natural, realizado todos os dias nas refeições.
Os medicamentos administrados por via oral são engolidos da mesma forma que os alimentos, para que as substâncias neles presentes, à semelhança do que acontece com os nutrientes, passem para o tubo digestivo e sejam absorvidas através da mucosa gástrica e, sobretudo, do intestino, de modo a chegarem à circulação sanguínea e serem distribuídos pelo organismo até alcançarem o sector onde têm de cumprir a sua missão. Como esta forma de administração apresenta inúmeras vantagens, devido à sua simplicidade e ao fato de não necessitar de qualquer equipamento ou assistência especiais, é a mais utilizada nos tratamentos ambulatórios em que a terapêutica depende do próprio paciente ou das pessoas que cuidam dele.
Dado que as características da mucosa digestiva permitem a adequada absorção de inúmeras substâncias, a maioria dos medicamentos disponíveis pode ser administrada por via oral, visto que se pode administrar por esta via as formas farmacêuticas sólidas (cápsulas, comprimidos, pastilhas, pílulas) e as líquidas (soluções, essências, xaropes).
As medicações para administração oral são disponíveis em muitas formas: comprimidos, comprimidos de cobertura entérica, cápsulas, xaropes, elixires, óleos, líquidos, suspensões, pós e grânulos ( Enfermagem Básica, Ed Reedel, 1999 )
Como alguns medicamentos tomados por via oral podem tornar-se irritantes para o estômago ou serem desactivados pelo suco gástrico, os que evidenciam estas características são protegidos por um revestimento especial, denominado revestimento entérico , que não é alterado durante a sua passagem pelo estômago, chegando completo ao intestino, onde se desintegra e liberta o seu conteúdo. Este revestimento apenas é eficaz se estiver intacto no momento da sua ingestão.
A absorção começa na boca e no estômago, mas efetua-se principalmente no intestino delgado. Para chegar à grande circulação, o fármaco primeiro tem de atravessar a parede intestinal e depois o fígado. A parede intestinal e o fígado alteram quimicamente (metabolizam) muitos fármacos, diminuindo a quantidade absorvida.
Alguns fármacos administrados por via oral irritam o trato gastrointestinal e podem danificar o revestimento do estômago e do intestino delgado, favorecendo assim o desenvolvimento de úlceras, como, por exemplo, a aspirina e muitos outros anti-inflamatórios não esteróides. A absorção de certos fármacos no trato gastrointestinal pode ser limitada ou irregular, ou podem destruir-se no estômago devido ao meio ácido e aos enzimas digestivos. Apesar destas limitações, a via oral usa-se mais que as outras vias de administração de fármacos. As outras vias reservam-se geralmente para os casos em que um indivíduo não possa ingerir nada por via oral ou quando um fármaco tem de ser administrado com rapidez, em dose muito precisa, ou quando se trata de um fármaco cuja absorção é limitada e irregular.
Está contra-indicada em pacientes em condições inadequadas como vómitos, síndrome de má absorção e inconsciência.
A absorção de substâncias pelo TGI é em sua maior parte explicável em termos de simples difusão de formas lipossolúveis não ionizadas. Mas ocorre também transporte activo de certas substâncias, como glicídios, íons inorgânicos e orgânicos, etc. O epitáfio é pouco ou nada permeável às formas ionizadas das drogas.
    
Finalidades
- Administração de medicamentos cuja absorção ocorre na  mucosa gástrica.

3.3.  Vantagens e desvantagens
Os medicamentos administrados por via oral apresentam algumas vantagens, porém é necessário estar atento às formas de administração e às acções de enfermagem antes, durante e após a administração, bem como a idade e grau de entendimento da criança e familiar. Orientações a serem fornecidas no período de internacção e preparo para alta do paciente é um requisito importante e função explícita do médico e enfermeiro da unidade.

Vantagens
- Conveniência
- Economia
- Segurança
- Menor tendência de ocorrerem reacções alérgicas
- É um meio barato
- Auto-ingestão
- Indolor
- Possibilidade de reversão da administração

Desvantagens:
-Irritação gástrica
- Interação com alimentos
- Necessidade da boa vontade do paciente

Limitações da Via Oral
- Tende a haver um retardo na absorção da droga (média de 30 a 60 minutos)
- Inativacção metabólica ou formação de complexos
- Espectro de reacções adversas: do início ao fim do trato gastro-intestinal

3.5.      Técnica
Os medicamentos administrados por via oral devem ser introduzidos na boca e engolidos, para que possam passar para o tubo digestivo. Como estes medicamentos devem ser tomados numa posição vertical, caso o paciente esteja deitado deve-se sentar ou, no mínimo, manter-se direito durante alguns momentos. Embora a deglutição das formas líquidas não seja complicada, deve-se tomar as formas sólidas com um pouco de líquido. Todavia, deve-se ter em conta que, apesar de alguns medicamentos poderem ser tomados com sumos ou leite, deve-se sempre assegurar em cada caso específico que o produto utilizado não perde efeito com o mesmo - neste caso, apenas se deve utilizar água.
Caso a pessoa tenha dificuldade em engolir uma forma sólida, como acontece com muitos idosos, deve-se colocar o medicamento na parte posterior da língua, com o intuito de se estimular melhor o reflexo de deglutição. Embora se possa facilitar a administração de uma forma sólida ao proceder-se à trituração do produto, é um recurso que não pode ser feito em todos os casos, já que apenas se pode triturar os comprimidos não protegidos e as cápsulas que não sejam constituídas com um revestimento entérico (moles), não se devendo abrir as drageias com protecção entérica (duras), porque o seu conteúdo deve chegar intacto ao intestino delgado.
Como os bebés mais novos costumam ter dificuldade em engolir medicamentos sólidos, costuma-se recorrer a produtos líquidos, como xaropes. Quando se administra um produto líquido, deve-se verter o produto para um recipiente graduado ou uma colher doseadora, de modo a comprovar-se que a dose é a correcta, colocando-a ao nível dos olhos. Caso exista líquido em excesso, este deve ser deitado fora, sem nunca se devolver o medicamento ao frasco.
Em caso de lactentes, pode-se facilitar a administração através da utilização de uma seringa descartável. Neste caso, deve-se igualmente precisar a dose, ao aspirar-se a quantidade oportuna da embalagem e comprová-la ao nível dos olhos, deitando-se fora o restante. Depois de se tirar a agulha, deve-se colocar a extremidade da seringa na boca, introduzindo-a entre o lábio e a zona dos dentes molares, de modo a se instilar lentamente o produto. Deve-se igualmente manter a cabeça do bebé levantada, de modo a evitar a passagem do medicamento líquido para as vias respiratórias e o consequente quadro de aspiração pulmonar.

 Material necessário
– Bandeja
– Medicamento a ser administrado;
– 1 Copo descartável grande ou 01 seringa descartável compatível com o volume da medicação.
– 1 Copo descartável pequeno;
– Fita adesiva para identificação
Copo de água ou outro líquido como suco de frutas, leite ou chá (que não altere a acção ou efeito do medicamento);
Toalha de papel.
Soquete com pilão (no caso de comprimidos);

Caminhos dos fármacos
Depois da ingestão, o fármaco passa pelo sistema gastrointestinal. A maioria das drogas, é feita para serem activas dentro do estômago, porém existem as que são manipuladas para desintegrar-se na alcalinidade do intestino delgado.
As drogas são absorvidas e deste modo podem atravessar uma série de barreiras fisiológicas.

Avaliação de enfermagem
• Avalie o estado clínico do paciente e sua capacidade de deglutição;
• Certifique a prescrição médica e a validade do medicamento;
• Oriente o paciente ou acompanhante sobre o medicamento (nome, para que serve e os efeitos adversos) que está sendo administrado, bem como as dosagens e alterações de dosagens;
• Para evitar lesão ou tingimento dos dentes, forneça os medicamentos ácidos ou que contenham ferro por meio de um canudo;
• Medicamentos de sabor desagradável quando fornecidos por canudos evitam que entrem em contacto com o menor número de papilas gustativas, melhorando o sabor.

Técnica para administração de comprimidos
Executando a acção
• Avaliar o paciente;
• Ter a papeleta do paciente em mãos e verificar a prescrição médica;
• Lavar as mãos;
• Abrir o envoltório do medicamento e colocar no copo;
• Colocar o paciente na posição sentada;
• Oriente o paciente a colocar o medicamento na boca, ofereça água para ajudar na deglutição do comprimido;
• Se o comprimido for mastigável, oriente o paciente a mastigá-lo completamente antes de deglutir.
  
 Fundamentos de Enfermagem
Os cuidados para o preparo de medicamentos administrados por via
oral dependem de sua apresentação.
No caso do medicamento líquido, recomenda-se agitar o conteúdo do frasco antes de entorná-lo no recipiente graduado (copinho), segurando-o com o rótulo voltado para cima, para evitar que o medicamento escorra acidentalmente. Envolver o gargalo do frasco com uma gaze é uma alternativa para aparar o líquido, caso ocorra tal circunstância.
O momento de entornar o conteúdo do frasco, segurando-o na altura dos
olhos junto ao copinho, facilita a visualização da dose desejada.
Comprimidos, drágeas ou cápsulas devem ser colocados no
copinho, evitando-se tocá-los directamente com as mãos – para tanto, utilizar
a tampa do frasco para repassá-los ao copinho, ou mantê-los na
própria embalagem, se unitária.
Para evitar interacções medicamentosas, os medicamentos não
devem ser dados simultaneamente. Assim, sempre que possível, o planeamento dos horários de administração deve respeitar esse aspecto.
Quando da administração simultânea de vários medicamentos, a
prática mais segura é a utilização de recipientes separados, possibilitando
a correcta identificação dos medicamentos que efectivamente o paciente
recebeu, nos casos de aceitação parcial ou perdas acidentais de parte
deles – as embalagens unitárias não fornecem este risco.
Quando da administração de medicação sublingual, observar a
correcta colocação do medicamento sob a língua do paciente, orientando-o
para que o mantenha, sem mastigá-lo ou engoli-lo até ser totalmente
dissolvido. Não se deve oferecer líquidos com a medicação sublingual.
Quanto as reacções, variam de organismo a organismo.
  
  

 CONCLUSÃO
Concluímos que os medicamentos administrados por via oral devem ser introduzidos na boca e engolidos, para que possam passar para o tubo digestivo. Estes medicamentos devem ser tomados numa posição vertical, caso o paciente esteja deitado deve-se sentar ou, no mínimo, manter-se direito durante alguns momentos.
Embora a deglutição das formas líquidas não seja complicada, deve-se tomar as formas sólidas com um pouco de líquido. Todavia, deve-se ter em conta que, apesar de alguns medicamentos poderem ser tomados com sumos ou leite, deve-se sempre assegurar em cada caso específico que o produto utilizado não perde efeito com o mesmo - neste caso, apenas se deve utilizar água.
Caso a pessoa tenha dificuldade em engolir uma forma sólida, como acontece com muitos idosos, deve-se colocar o medicamento na parte posterior da língua, com o intuito de se estimular melhor o reflexo de deglutição.



   RECOMENDAÇÕES
Dado que as características da mucosa digestiva permitem a adequada absorção de inúmeras substâncias, recomenda-se então a maioria dos medicamentos disponíveis a serem administrados por via oral, visto que se pode administrar por esta via as formas farmacêuticas sólidas (cápsulas, comprimidos, pastilhas, pílulas) e as líquidas (soluções, essências, xaropes).
As medicações para administração oral são disponíveis em muitas formas: comprimidos, comprimidos de cobertura entérica, cápsulas, xaropes, elixires, óleos, líquidos, suspensões, pós e grânulos (Enfermagem Básica, Ed Reedel, 1999)


REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:

I.              COLLET, Neusa; Oliveira, Beatriz Rosana Gonçalves; Viera, Cláudia Silveira; “Manual De Enfermagem Em Pediatria”; 2ª edição; AB editora; Goiânia; 2010; 225- 228.

II.            FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; “Ensinando A Cuidar Em Saúde Pública”; Editora yendis; 4ª reimpressão; 2007; 305 – 316

III.           FERNANDES, Almeida M.O; Pinheiro, Ana Karla M.O; “Manual Do Estagiário Em Enfermagem”; AB editora; São Paulo – SP; Abril 2007; 59- 86.

IV.          POSSO, Maria Belén Salazar; “Semiologia E Semiotécnica De Enfermagem”, Editora Atheneu; São Paulo – SP; 2006; 82- 83

V.           Manual de Capacitação de Pessoal em Sala de Vacinação; 2 ª edição revisada e ampliada;  Brasília; 2001; 70- 122.




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